Eu e a Medicina


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ATO 2001, CENA 08.
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- Você nunca vai ser médica.
- Você está louco.
- Um dia você vai notar que sua dor é só a reclamação do comodismo que você abandonou. Você um dia vai olhar para o que detesta hoje.
- Sim, você está louco.
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ATO 2002, CENA 05.
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- Quero morrer Adriano. Não consigo viver sem a medicina.
- Larga tudo Luiselza, larga tudo e volta. Eu banco a sua medicina, em tudo e você sabe disso. Você está cansada de saber disso.
:/
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ATO 2004, CENA 09.
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- Não consigo viver sem a medicina, Adriano. Mas já não quero morrer.
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ATO 2009, CENA 11.
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- Se você riscar os livros que te emprestei, vai me pagar.
- Xiii... E se eu escrever alguma coisa útil?
- Vai pagar do mesmo jeito. Nem um risquinho! Vou procurar com uma lupa...
- Adriano... Estou com vontade de tentar a magistratura federal. Tentar. Um dia, talvez, quem sabe, talvez, quem sabe? Ainda não tenho certeza.
- Eu sabia.