Eu e Certo Pernambucano

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ATO 1995, CENA 11.
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- Você ainda pensa nele?
- Sim.
- Não se arrepende?
- Não. Peço a Deus por ele, todos os dias e ele encontrará alguém que o faça completamente feliz, como eu não poderia fazer. É um homem espetacular e vai, mais cedo ou mais tarde, achar uma mulher à própria altura.
- Por quê?
- Ficaríamos casados até o fim das nossas vidas, teríamos filhos e seríamos felizes. Mas o tempo arranharia a nossa felicidade, aprenderíamos a ter sorrisos amarelos e mínimas máscaras, a eufemizar alguma resignação e cansaço e, ao fim, estaríamos grudados também pelos filhos, pelo medo de recomeçar e pela nostalgia.
- Você exagera...
- Não, Adriano.